quarta-feira, 4 de julho de 2012

O julgamento do tempo.

A paciência já chegava ao fim e eu ainda estava lá sentado no banco dos réus.
Quem olhasse para mim, podia ver estampado no meu rosto uma total indiferença com a atual situação.
Eu estava com tanta raiva de ter que ficar ali esperando alguém para me julgar culpado que ate esqueci por um minuto que o meu maior inimigo era também o meu juiz e a minha lei.

Não parecia haver nada o que pudesse ser feito, afinal eu era culpado. Culpado por me sentir velho para algumas conquistas, culpado por me sentir inexperiente com certos fatos, culpado por me ver através das horas dos outros.
Isso mesmo! O tempo era o meu juiz, minha lei, minha acusação e minha sentença.

Troquei meu reflexo no espelho, pelos ponteiros do relógio.
E comecei a me ver nas horas de outras pessoas e me perdi, afinal aquela era a hora delas e não a minha.

Assim como meus sonhos são só meus, a minha hora também é só minha.

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